quarta-feira, 20 de abril de 2011
E o passado aonde fica?...
A pouco tempo atrás vi um situação bem comum nas cidades se repetir....
Uma pequena capela construída nos anos 70 foi demolida para dar lugar uma espetacular, linda, formosa RÓTULA...
Fiquei indignado com a capacidade e esperteza da prefeitura ao realizar tal monstruosidade, sem nem sequer levar em consideração o aspecto histórico do lugar e a importância que tinha para a comunidade.
Pois é... com o passar dos modernismos e pós-modernismo chegamos nisso: a renegação no passado para um futuro incerto....
Mas afinal, como podemos construir um futuro sem notarmos o seu passado, e a sua importância?
Não sei como, mas pelo jeito tem gente que consegue... E consegue bem por sinal, afinal quem tem mais poder, o Povo ou órgão político/público?... (deveria ser o povo)
O que me assusta é que essas coisas acontecem a rodo por ai a fora, e nada se faz.
As pessoas devem aprender que a vida já percorreu, e percorre, e percorrerá a história para sempre, e que isto precisa ser registrado de algum modo - BEM REGISTRADO.
Este Urbanismo e modelo de cidade que derruba o que tiver e é reconstruído só mostra a incapacidade de planejamento, de criatividade, de arquitetura e principalmente... de HUMANIDADE... e sem isto, por que chamar de cidade? então chamaremos de terreno apenas, pois é mais apropriado, afinal o " terreno" deste modo não tem dono, não tem urbanidade e não tem humanidade.
E deste modo o povo vai perdendo sua identidade, e deixando coisas que marcam para trás... se perdendo..
matando a cidade...
O QUE É SER HUMANO? O QUE É SER
Jardins da Babilônia...
O sustentável, o ecológico, o auto-suficiente estão tomando parte na arquitetura mundial, logo ela aparece pelos cantos do Brasil também.
A discussão sobre tais temas nunca foi tão abordada como agora. Milhões de artigos publicados, centenas de livros lançados e muito questionamento gerado... e.... pouca prática.
A deficiência do ensino de implantar uma arquitetura mais ecológica esta sofrento grandes mudanças, mas está avançando.
Para quem ja assistiu o filme "tempos modernos" do glosioso charlie chaplin, percebe o crescimento desordenado da indústria e de seus efluentes...e eles crescem... e crescem.. e se multiplicam...
A arquitetura tem como um dos principais objetivos "cicatrizar essas feridas" que chamam atenção, seja pela gorsseira apropriação de locais de preservação, seja por liberação da própria justiça para estes casos (então podemos lembrar da nova lei que se discute - a faixa de preservação de 30 metros que querem reduzir para 15... LOUCURA!).
Mas o que realmente quero mostrar com essa discução, é o triste fato de uma sociedade globalizada.
Me arrisco a disser que um dos principais culpados é o orgão que gerencia a cidade. Muito me questiono sobre quem ocupa lugares nesses orgãos - sempre tive em mente que leis devem ser decididas por quem entende do assunto, e ai vejo advogados, socialistas e outros mais formulando leis sobre planejamento da cidade, e ai me pergunto de novo... COM QUE DIREITO? como argumentar algo se não temos a questão clara em nossa própria concepção? cada área com suas leis e com seus verdadeiros representantes...
A relação "Dar e receber" sempre fio válida, e em certo ponto o homem esqueceu de cumprir sua parte... sim, porque esqueceu que também é um ser animal e que faz parte de um habitat... em derminado contexto se tornou superior. (em que?)
Vemos a tentativa da cidade de São Paulo na busca por áreas verdes que são rarefeitas no lugar e junto com isso o aviso de CUIDADO... afinal não planejar a cidade ou o espaço é projetar um " Deus dará"...
ah! e é importante planejar sabendo que o improviso existe.. porque a cidade está em constante mutação e por isso nada é certo... tudo muda.
Verde é qualidade de vida e sempre foi... quem disse o contrário?...
domingo, 17 de abril de 2011
....Bom dia
Com a colaboração de uma super amigar, ai vão dois pensamentos interessantes...
"Não basta termos uma ideia, mas proporcionar o encontro entre ideia e construção."
( L. Khan)
" O valor do conceito está na sua capacidade de transmutar-se em ação construtiva, inserir-se no mundo e modificar a existência e a história dos homens." (Carlos Antonio Leite Brandão)
(Méritos a Simone)
"Não basta termos uma ideia, mas proporcionar o encontro entre ideia e construção."
( L. Khan)
" O valor do conceito está na sua capacidade de transmutar-se em ação construtiva, inserir-se no mundo e modificar a existência e a história dos homens." (Carlos Antonio Leite Brandão)
(Méritos a Simone)
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O Arquiteto Caolho
Depois de um tempinho ausente.. voltei com mais algumas " idéias" pra discutir.....
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" Na terra de cego quem tem um olho é Rei!"
Todo mundo já ouviu isso em algum momento da vida não éh?... Então, depois de uma conversa com meu professor tive a inspiração para este post.
A cada semestre a universidade "joga no mundo" os recém formados, os quais geralmente saem cheios de grandes anseios e perspectiva, MAS quando se deparam com situações conflitantes acabam se rendendo ao Mercado e as suas leis...
Por isso comecei este post com esta citação famosa, por que afinal ela se aplica bem a arquitetura.
Considero e acredito nessa frase. MAS PORQUE?
Bem... na universidade aprendemos os conceitos, os valores, as normas... de tudo um pouco e aplicamos a projetos que não saem do papel (o que ao meu ver é um erro - não ter um previsão de custo), porém os APLICAMOS, então por que não são aplicados quando o arquiteto cai no mercado de trabalho?...
Não sei se entendem o que quero expor... mas me indago nessas questões.
Acredito que o arquiteto que consegue aplicar seu conceitos e valor no projeto, se torna um arquiteto um pouco mais além, tendo em vista que isto não é nada fácil.
Penso também que o arquiteto é um ser em constante construção... seu aprendizado nunca termina, apenas se renova e justamente por isso fico pasmo ao ver a " poda" da construção conceitual fora da universidade.
Claro que isso acontece por muitos motivos, seja cultural, regional ou apenas uma questão de ensino que , se for por este último motivo, devemos revê-lo.
É uma discussão longa que ainda renderá assunto... mas tive que começá-la...
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" Na terra de cego quem tem um olho é Rei!"
Todo mundo já ouviu isso em algum momento da vida não éh?... Então, depois de uma conversa com meu professor tive a inspiração para este post.
A cada semestre a universidade "joga no mundo" os recém formados, os quais geralmente saem cheios de grandes anseios e perspectiva, MAS quando se deparam com situações conflitantes acabam se rendendo ao Mercado e as suas leis...
Por isso comecei este post com esta citação famosa, por que afinal ela se aplica bem a arquitetura.
Considero e acredito nessa frase. MAS PORQUE?
Bem... na universidade aprendemos os conceitos, os valores, as normas... de tudo um pouco e aplicamos a projetos que não saem do papel (o que ao meu ver é um erro - não ter um previsão de custo), porém os APLICAMOS, então por que não são aplicados quando o arquiteto cai no mercado de trabalho?...
Não sei se entendem o que quero expor... mas me indago nessas questões.
Acredito que o arquiteto que consegue aplicar seu conceitos e valor no projeto, se torna um arquiteto um pouco mais além, tendo em vista que isto não é nada fácil.
Penso também que o arquiteto é um ser em constante construção... seu aprendizado nunca termina, apenas se renova e justamente por isso fico pasmo ao ver a " poda" da construção conceitual fora da universidade.
Claro que isso acontece por muitos motivos, seja cultural, regional ou apenas uma questão de ensino que , se for por este último motivo, devemos revê-lo.
É uma discussão longa que ainda renderá assunto... mas tive que começá-la...
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