quarta-feira, 30 de março de 2011

A importância do entorno na concepção do projeto...

E lá vamos nós...
Até um certo tempo atrás, eu não havia me questionado tanto quanto me questiono sobre o entorno de um projeto.... Após participar das incríveis aulas de meu professor, me dei conta da importância de tal contexto.

Quando inciamos um projeto, analizamos todas as condicionantes de um lugar, bem como suas deficiências e suas potêncialidades por que ,ao final do processo, implicarão em um bom ou mal projeto.
Pois bem, mas aí que está. O QUE CONDICIONA UM LUGAR?...
Sempre vejo a cobrança que se têm sobre estes temas mas, que ao meu ver, são apenas cobrados e não ensinados.
E pela primeira vez foram realmente ensinados. (méritos ao Prof° Hugo Nieto)
A localização, o relevo, a vegetação, a insolação sempre foram abordados de forma abrangente, mas agora
"descobrimos" a nova forma de ver o terreno, de ver o lugar.
Aprendemos que elementos como a esquina que pode se traduzir em uma repetição formando uma malha, a escala das edificações vizinhas que criam um gabarito para as novas construções, as visuais que circundam o terreno que promove uma das formas de permeabilidade, o espaço público e privado que podem se desenvolver no mesmo espaço, a calçada e os recuos que tambem geram um gabarito a ser respeitado para um melhor formatação do espaço, o tipo de construções do entorno que podem indusir a forma das novas edificações, fazem parte de um bom e belo projeto. UM VERDADEIRO PROJETO de um VERDADEIRO ARQUITETO.

Bem, esses são só alguns dos novos conceitos que foram incorporados, e que realmente valem a pena e me fazem pensar em como conceber um espaço, e como fazer isso da melhor forma para que resolva os problemas encontrados. Por que de nada adianta um projeto, sem que ele resolva os conflitos existentes e promova uma melhoria.

E assim, penso que tudo se encaixa e se traduz em uma fórmula inserta de COMO SER UM ARQUITETO ? já inserta pois nada é igual, tudo se transforma, tudo muda e tudo se renova.

sábado, 26 de março de 2011

Deveríamos considerar a favela um problema?

E assim começo mais uma longa discussão...É talvez uma das principais quando o assunto é arquitetura inserida no contexto urbano, afinal a favela tem um retrato bem antigo na história da ocupação de terras ao longo dos tempos, vindo desde a época do descobrimento onde barcos trouxeram escravos para trabalhar nos grandes campos das grandes famílias e que, logo após a inserção da lei áurea, foram libertos.
Pois bem, e livres, para onde vão?.. como os morros não serviam de utilidades para as plantações , foram "tomados" pelos libertos.
Ai que está uma questão relevante.... o que significa liberdade sem ter um espaço para chamar de "meu"?  lembrando que este é mais um dos longos conceitos lançados na humanidade, onde você representa algo por aquilo que você tem.
Mas tratando-se de contexto urbano, considero a favela um marco na história brasileira, e algo a ser respeitado e, principalmente, PLANEJADO.
Vários conceitos permeiam em torno da favela, quando pensamos na reurbanização, na requalificação e na retomanda de sua inserção no meio urbano.
Estes conceitos vão desde a retirada das edificações, a remoção de famílias, novo uso ao lugar e por ai se vão... MAS poucos destes conceitros se voltam para o que eu considero como necessidade real e plausível: a requalificação destas comunidades, dando condições melhores ao lugar, afinal retirar é algo que é simples e rápido, porém é uma ação agreciva a história de cada morador, de cada rua, de cada esquina.
Retirar ou remover vão contra a principios de convívio humano, vão contra o SER HUMANO!
Sim, existem problemas nas favelas, assim como em cidades, bairros e ruas em diferentes escalas, e que precisam ser resolvidos.
E como resolver? Algumas idéias são claras para mim, mas ainda são poucas.... A participação da comunidade, investimento em caráter turístico, e as outras todas que forem possíveis, sem esquecer o lugar, sua identidade, sua topografia, sua realidade, seu contexto, sua mobilidade(...) e o principal, sem esquecer dos agentes responsáveis por tudo isso: SEUS MORADORES.
Lembrando que certas coisas tem que ser relevadas como moradias em péssimo estado e ocupação de rios, nas quais o cuidado deve ser maior.
O segredo é planejar, é pensar, é HUMANIZAR!
Enfim...


E de novo entra a questão: o que significa liberdade sem ter um espaço para chamar de "meu"?

sexta-feira, 25 de março de 2011

O vazado dos elementos (continuando...)

A pedido de amigos, selecionei algumas imagens bem legais que mostram de forma criativa a utilização de elementos vazados... (assim que tiver mais imagens, criarei outros posts)







(dedicado ao querido amigo Felipe.. hehehe)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Até a Torre Eiffel teve as suas...


É engraçado pensar que muitas das grandes construções feitas pela humanidade tiveram seus "remorços" e sobreviveram a eles. E a tão conhecida Torre Eiffel passou por uma dessas.
Antes de ser finalizada, técnicos e engenheiros afirmaram que ela não iria ter sustentação e desmoronaria. Isso acarretou uma grande desvalorização do solo, e comerciantes da região (hóteis, mercados e outros tantos) exigiam indenizações...(quem diria?)
Bem .. e vemos que ela não caiu.. e está ai até hoje!!...
A torre feita por Eiffel marcou a era industrial no mundo colaborando com o auge do ferro nas edificações.
Pois então... ELA MARCOU... e por que, em tempos atuais, há tanta dificuldade em realizar uma edificação que "marque" também?...
Sim, por que somos munidos de tecnologia e de aparatos que nem Napoleão sonhava que iriam existir.
Talvez a grande dificuldade seja encontrada logo no concebimento do projeto... as primeiras idéias, o primeiro croqui.
O projetável e o executável se tornaram coisas separadas, que frequentemente se dão as costas, principalmente nas academias de ensino de Arquitetura.
E agora entra em pauta também outra palavra: O SUSTENTÁVEL.... está na moda néh? pois é... não deveria ser modismo e sim cultura - e quando digo cultura penso no ensino do conceito sustentável.
E lá pelas tantas todos acham que fazem algo conceitual, sustentável e executável... é real?
Talvez seja... mas é raro, e de novo digo que não basta ensinar conceitos sem serem sustentáveis e executáveis, do contrário, que tipo de arquiteto queremos? O que desenha? O que almeja? O que cria? O que sente? O que vê o futuro?
Bem... não vejo outra forma de formarmos arquitetos sem termos estes conceitos.... DE FATO ISTO É ARQUITETURA, se não torna-se apenas um projeto de arquitetura.

terça-feira, 22 de março de 2011

No passado ja era assim.. por que não mudou?

Viollet le Duc já escrevia em 1861:

"Em nosso tempo o arquiteto em embrião é um jovem de quinze a dezoito anos.... do qual, durante seis ou oito anos exigem que faça projetos de edifícios que, com maior frequência, mantêm uma relação apenas distante com as necessidades e os usos de nosso tempo, sem jamais exigir dele que esses projetos sejam exequíveis, sem que lhe seja dado um conhecimento nem mesmo superficial dos materiais postos a nossa disposição e do emprego dos mesmos, sem que ele haja sido instruído sobre os modos de contruir adotados em todas as épocas conhecidas, sem que tenha recebido a mínima noção sobre a condução e a administração dos trabalhos".

Pois então... e já faz tanto tempo ... porém isso não mudou ...
(preciso escrever um post só sobre isto)...

Mobilidade urbana em dicussão....

Esquina, ruas, calçadas, ciclovias, ciclofaixas..... e ai se vão todas as idéias que rondam a mobilidade ou o que a ela diz respeito.
Conceitos que surgem de simples discussões em salas de aula, em conversas de botequim, idas a cantina  e coisas do tipo (talvez mais na primeira situação por questões de sobriedade), e geralmente são conceitos verdadeiros, as vezes desfocados, porém verdadeiros. Mas não mais verdadeiros do que conceitos gerados pelos verdadeiros protagonistas da mobilidade urbana: AS PESSOAS.
Sim por que pessoas geram a mobilidade e a fazem acontecer... por tanto, surge a pergunta: que tipo de mobilidade é esperada? que tipo de situação é gerada? O QUE QUEREM AS PESSOAS REALMENTE?
 Digo REALMENTE por que há uma distância entre o querer e o que é apresentado e dito como certo, o chamado "aspecto cultural".
O que é esperado é muito particular, mas oque se gera a partir daí se torna extremamente coletivo, e influencia diretamente no contexto urbano, e aí vale a pena pensar em como formular soluções para os "aspectos culturais mal apresentado" e que de certa forma deram errado...
Devemos repensar?.. Recontextualizar?... Reinventar?... Caramba, novos conceitos de novo?.. e por que não resolver os maus conceitos?

segunda-feira, 21 de março de 2011

A linha do horizonte


Arquiteturando... em momentos de criar o blog....

Para muitos a " coisa" que provém do criar pode assustar...
Sim! porque o CRIAR não é costumeiro (deveria ser?) e exige tempo, dedicação, conhecimento e por que não uma boa chícara de café para acompanhar?
O bom do CRIAR, é o modo particular que se toma. Cada um no seu, ou todos em um só!
Eu particularmente preferio o conjunto, o "todos", por que afinal de contas o só por si não consegue sustentação, pois se fosse o contrátrio, como construir um casa sem vigas? ou sem pilares?... mas estas coisas são muito específicas e muito físicas e escondem a verdadeira preocupação que devemos ter ao CRIAR.
Talvez a "coisa" mais difícil do CRIAR seria um momento, ou um objeto, ou uma cor ou forma. Não tenho a clareza de como posso afirmar a dimensão da dificuldade de CRIAR, talvez por que seja muito particular, ou muito pública (talvez não seria a palavra certa) e porque este processo muda...e muda... e se renova... e muda novamente.

E onde isto para??? Onde está a resposta???

- O moderno já se tornou antigo -